sábado, 28 de dezembro de 2013

A mentira na política




“a mentira política se instalou em nossos povos quase constitucionalmente e o dano moral tem sido incalculável, alcançando zonas muito profundas do nosso ser. Movemo-nos na mentira com naturalidade.” (Octávio Paz)

 

A mentira é um componente que faz parte da vida de alguns políticos e, com as raras exceções de sempre, tal conceito já se incorporou na definição que o povo faz de seus representantes, mas que ele mesmo se encarrega de dar-lhes um mandato.

No Brasil, às vezes, um político mentiroso, quase sempre, é um vencedor, pois a mentira bem elaborada, maquiada de verdade e com promessas impossíveis, deixa o candidato em busca de votos com cara de um transformista, desses que fazem shows em boates dublando Madonna ou Liza Minelli.

Nossos políticos sabem que as mentiras na atividade que escolheram têm pernas longas, diferentemente, do que acontece, por exemplo, nos EUA. Lá, um político seria punido pelo eleitorado não porque praticou algo desonesto como, por exemplo, ter uma amante paga por fornecedores do governo, mas se mentisse negando ter uma amante.

Richard Nixon teve que renunciar porque mentiu sobre Watergate, tentou obstruir o trabalho de investigação e negou sua responsabilidade na invasão do edifício Watergate, em Washington.

Mentira de político brasileiro para enganar eleitores é louvada e considerada uma malandragem bem nossa, como aquela malemolência de um Pedro Malasartes, que exige não a postura de um cidadão que busca ser representante do povo por meios ortodoxos, mas por meio de uma representação teatral – ‘fulano pedindo votos é um artista’ – dizem os eleitores reconhecendo o poder de sedução do candidato.

Estabelecido esse link de empatia do político com o eleitor, a mentira torna-se o elemento que credita ao candidato até mesmo a intimidade ‘do tapinha nas costas’ e do tratamento de ‘companheiro’.

O político brasileiro segue a filosofia de vida de Pedro Malasartes, este caminhando sobre um fio de navalha, uma linha imaginária onde ele se equilibra na fronteira da marginalidade com a imunidade parlamentar. Conquistar este privilégio é chegar ao poder que não tem preço, já que o mandato lhe permite usufruir da imunidade dos “incomuns” acrescentando a ela a mesma impunidade que o porco Napoleão estabeleceu como regra na Revolução dos Bichos, na qual George Orwell soube documentar a mentira dos “revolucionários” numa obra ficcional cada vez mais atual.

Nossa política está chafurdada como na fazenda do sr. Jones, o humano derrotado na revolução e que teve a sede da propriedade tomada pelos porcos.

Ghandi dizia que “a verdade é dura como o diamante”. Mas mentira é mole como um toucinho, a matéria-prima dos suínos.

Falando em Campanha – O candidato que usa o slogan de campanha: “Junto com você”, depois de ver a última pesquisa feita pelo Ibope, na qual aparece em terceiro lugar, acredito que a partir de hoje deveria mudar seu slogan para: “Cada vez mais distante de você”.

Falando em Pesquisa – Foi só sair a tal pesquisa, que bateu o desespero em muitos “puxa-sacos” de plantão. Agora acordaram para a realidade e perceberam que seu candidato estava falando demais e produzindo pouco. Caiu à ficha, né?! Agora o desespero tomou conta.

O candidato a Cargo Eletivo começa a mudar o discurso dizendo que a pesquisa não tem valor, ou muitas das vezes nem liga para a tal pesquisa dizendo: esse negócio é papo furado e coisa e tal.

Contudo, quando sai à primeira pesquisa na qual ele aparece pouca coisa na frente dos demais, o próprio passar a andar com a pesquisa na mão, dizendo que os dados são verdadeiros e que o povo está vendo que ele está levando o trabalho a sério.

É, meu amigo, barco que não navega afunda. Segura a onda aí...

Falando Nisso – E na internet, o desespero é ainda maior “para os assessores”. Começam a fazer ataques infames, usando claro fakes, atirando para todos os lados, atacando pessoas que são contrários aos seus chefes no governo, ficam sem noção, pura falta de estrutura, vindos de quem sabe que o barco está afundando, principalmente, por parte daqueles que diziam em suas visitas que seu candidato era o primeiro. E agora?! Fica tranqüilo, terceiro lugar tem medalha de bronze.

Falando em Política – Tem candidato a cargo eletivo que já está desesperado, pois, no início, quando fazia a campanha sem concorrentes, achava que estava tudo lindo e agora, na hora que precisa, não esta cumprindo aquilo que prometeu e, automaticamente, o candidato não está cumprindo aquilo que prometeu, perde totalmente a sua credibilidade.

Dessa forma, sua campanha está descendo ladeira abaixo. Ora, bolas! Outra razão que explica essa caída é que o tipo de discurso feito ao eleitorado que o enaltecia, o valor da honestidade de suas palavras caiu quando assumiu e não cumpriu tudo aquilo que prometeu em sua campanha provando que fez tudo ao contrário. Quem sabe daqui a 40 anos consiga contar 123... Se é que vocês me entendem...

Falando em Debandada – Podemos dizer que houve muitas, pois a verdade foi aparecendo neste período, então teve partidos que abandaram o barco já tendo a certeza que ele vai afundar, ou seja, que não será reeleito, será?

Quando começou a revoada, podemos notar que o futuro candidato da situação acabou vendo a realidade e viu que acabou perdendo muitos dos poucos escudeiros de sua campanha em 2010, que, por sinal, já estava difícil, agora então nem se fale, hein?!

Falando Nisso – É, minha gente... Para os desesperados de plantão estão acabando os falsos argumentos e tudo aquilo que falam e o povo não acredita mais, porém, eu acredito que o povo de Brasília e também do Brasil já conhece e reconhece quem trabalhou e vai continuar trabalhando por uma cidade e também para um País melhor. Fica a dica!

Frase – “Minha ironia começa onde sua inteligência termina”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

- Nosso blog tem o maior prazer em publicar seus comentários. Reserva-se, entretanto, no direito de rejeitar textos com linguagem ofensiva ou obscena, com palavras de baixo calão, com acusações sem provas, com preconceitos de qualquer ordem, que promovam a violência ou que estejam em desacordo com a legislação nacional.
- O comentário precisa ter relação com a postagem.
- Comentários anônimos ou com nomes fantasiosos poderão ser deletados.
- Os comentários são de exclusiva responsabilidade dos respectivos autores e não refletem a opinião deste blog.