domingo, 1 de junho de 2014

Senador Jarbas diz que alternância de poder é remédio para o PT





Parlamentar fez inúmeras críticas ao PT.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) defendeu, nesta segunda-feira (17), no Senado, o papel da oposição no enfrentamento com o Governo Dilma Rousseff (PT) e o Partido dos Trabalhadores (PT). “Quando um partido político que está no Governo se transforma numa seita fundamentalista com dificuldades em aceitar o contraditório, a democracia nos assegura o melhor remédio para evitar o pior: a alternância do poder. É esse cenário que vislumbro para as eleições presidenciais deste ano”, disparou o peemedebista.




Para o senador, o PT precisa resolver urgentemente seu “complexo de vítima”, de sempre culpar os outros pelos seus próprios erros. “A própria presidente Dilma Rousseff aproveitou a festa de 34 anos do PT para afirmar que quem faz críticas à condução do País não acredita no Brasil. Pois eu acredito no Brasil, sim. O que não acredito é na capacidade do governo petista em encontrar novas soluções para problemas que se arrastam há uma década”, criticou.

De acordo com Jarbas, o PT foge dos problemas. “É sempre assim: quando não é a oposição, os petistas responsabilizam as ‘elites’, os países ricos, a Europa, os Estados Unidos, a ‘grande mídia’, a direita, os conservadores. Agora surgiu um novo personagem: o ‘terrorista’, todo aquele que ousa falar das fragilidades criadas no País pelo Governo do PT, que está à frente da Presidência da República há quase doze anos”, afirmou o senador.

Em sua opinião, o PT foi o partido brasileiro contemporâneo que mais torceu e trabalhou “furiosamente” contra todos os governos aos quais fez oposição. “Foi essa postura falsamente purista que levou os petistas a rejeitarem a Constituição de 1988 e a trabalhar e votar contra o Plano Real, o Proer, a Lei de Responsabilidade Fiscal e as metas de inflação, durante os governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. O PT era o ‘black bloc’ das décadas de 1980 e 1990 e início deste século”, ironizou.

Ele também questionou “a falta de transparência do Governo Dilma na sua relação com a ditadura existente em Cuba”. “Seja por causa do questionável acordo para contratar médicos cubanos ou devido aos R$ 1 bilhão que o BNDES destinou ao Porto de Mariel”.

Segundo Jarbas, os médicos cubanos que vieram para o Brasil não têm todos os direitos trabalhistas assegurados, como profissionais de outros países. “Na tentativa de ajudar o Governo autoritário dos irmãos Castro, o Governo do PT recorreu inclusive ao Programa Mais Médicos, mesmo que isso implique em submeter os profissionais cubanos a um regime trabalhista de escravidão que vem sendo questionado pelo Ministério Público do Trabalho, por não obedecer as leis brasileiras”, disse o peemedebista.

“O nosso País não está bem na Economia, na Segurança Pública, na Saúde, na Educação. Apagões de energia pipocam pelo Brasil afora, por incompetência, má gestão e falta de investimentos na infraestrutura básica”, completou.

Confira na íntegra o discurso do senador:

“Senhor Presidente, Senhoras Senadoras e Senhores Senadores”.

Quando um partido político que está no Governo se transforma numa seita fundamentalista com dificuldades em aceitar o contraditório, a democracia nos assegura o melhor remédio para evitar o pior: a alternância do poder. É esse cenário que vislumbro para as eleições presidenciais deste ano.

Nos últimos dias tenho assistido diversos integrantes do Partido dos Trabalhadores virem a esta tribuna acusar a oposição de ser pessimista, negativista e de torcer pelo quanto pior, melhor. O PT precisa resolver urgentemente esse seu complexo de vítima, de sempre culpar os outros pelos seus próprios erros. Agora mesmo o Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, responsabilizou as “elites” paulistanas por sua ineficiência administrativa.

A própria Presidente Dilma Rousseff aproveitou a festa de 34 anos do PT para afirmar que quem faz críticas à condução do País não acredita no Brasil. Pois eu acredito no Brasil, sim. O que não acredito é na capacidade do governo petista em encontrar novas soluções para problemas que se arrastam há uma década.

A Presidente também falou em “cara de pau”, mas é ela quem merece ser beneficiária número 1 da “bolsa óleo de peroba”, à qual me referi em discurso no dia 3 de junho do ano passado. A Senhora Dilma tem a coragem de afirmar que as dificuldades da economia brasileira decorrem de, abre aspas: “alguns desequilíbrios de uma conjuntura internacional muito difícil”. Puro sofisma para tentar esconder o óbvio, que é a baixa credibilidade do Brasil no cenário internacional.

É sempre assim: quando não é a oposição, os petistas responsabilizam as “elites”, os países ricos, a Europa, os Estados Unidos, a “grande mídia”, a direita, os conservadores. Agora surgiu um novo personagem: o “terrorista”, todo aquele que ousa falar das fragilidades criadas no País pelo Governo do PT, que está à frente da Presidência da República há quase doze anos.

Vamos ser sinceros, Senhor Presidente, tirando a antiga União Democrática Nacional, a UDN, o PT foi o partido brasileiro contemporâneo que mais torceu e trabalhou furiosamente contra todos os governos aos quais fez oposição.

Foi essa postura falsamente purista que levou os petistas a rejeitarem a Constituição de 1988 e a trabalhar e votar contra o Plano Real, o Proer, a Lei de Responsabilidade Fiscal e as metas de inflação, durante os governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Todas essas questões foram levadas à Justiça pelo PT, na tentativa de tumultuar e ser favorecido pelo caos.

O PT era o “black bloc” das décadas de 1980 e 1990 e início deste século.

Até mesmo propostas que o PT adotou após conquistar o poder foram sistematicamente atacadas pelo partido, como o “imposto do cheque”, que, no seu nascedouro, foi criado para financiar a área de Saúde.

Chega a ser cômico quando vejo parlamentares do Governo lamentarem a não renovação do “imposto do cheque”, derrubado por esta Casa no hoje histórico dia 13 de dezembro de 2007. Naquela ocasião pesquisa do Data Senado mostrou que 78% dos brasileiros aprovaram o fim do ”imposto do cheque”.

Trata-se de uma mudança de rumo sobre o que pensava o PT, pois os seus deputados e senadores votaram contra a criação da CPMF e repetiram o comportamento em todas as votações para a sua renovação, inclusive a que ocorreu no final de 2002, quando Lula já era Presidente eleito do Brasil.

Portanto, Senhoras e Senhores Senadores, só vi tremenda intolerância com as críticas durante o regime autoritário implantado a partir de abril de 1964. Muitas vezes, tenho a triste sensação de que o PT gostaria de resgatar o slogan autoritário do “ame-o ou deixe-o”. Por tudo isso, talvez não sejam gratuitos os elogios repetidos que Lula e Dilma fizeram aos generais da ditadura militar.

Pessoalmente, não diferencio ditaduras de direita das ditaduras de esquerdas. Todas elas são regimes de exceção, contrários aos direitos humanos, às liberdades civis e à livre manifestação de opinião. Ditadura é ditadura. Ponto final

Senhor Presidente,

O Governo também tem feito cobranças para que a oposição apresente suas propostas, fale sobre suas pretensões. Eu sinceramente acredito que isso vai acontecer durante a campanha eleitoral deste ano, quando começar a propaganda gratuita nas emissoras de rádio e TV, ao contrário do que houve em 2010.

Hoje, sob o olhar passivo da Justiça Eleitoral, a Presidente da República faz campanha escancarada, transformando eventos governamentais em acintosos palanques pelo Brasil afora. Usa e abusa dos pronunciamentos oficiais na TV. Repete o comportamento inapropriado que Lula adotou entre os anos de 2009 e 2010 para tornar conhecida nacionalmente a então Ministra Dilma Rousseff. As seguidas multas impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral não impediram a repetição desse abuso de poder.

Será apenas na propaganda eleitoral que os candidatos da oposição ficarão em igualdade relativa de condições para se contrapor à máquina de marketing financiada pelo dinheiro público, da qual o Governo petista é useiro e vezeiro.

Mas algumas coisas podem ser ditas já. Um exemplo é a falta de transparência com a qual o Governo do PT tem tratado sua relação com o governo ditatorial de Cuba, seja por causa do questionável acordo para contratar médicos cubanos ou devido aos R$ 1 bilhão que o BNDES destinou ao Porto de Mariel.

Quero aqui registrar trecho do editorial “Dilma em Cuba”, publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo, no dia 29 de janeiro de 2014. Abre aspas:

“Ao lado de Raúl Castro e no indispensável beija-mão de Fidel, Dilma esteve perfeitamente à vontade. Não se poupou de reafirmar que tem ‘muito orgulho’ da boa relação que mantém com a dupla que há mais de meio século domina a ilha com mão de ferro e nenhum apreço pelas liberdades democráticas. Derreteu-se em agradecimentos ao favor que Cuba presta ao Brasil ao fornecer, para o programa Mais Médicos, a um custo altíssimo só parcialmente repassado aos profissionais, os doutores que aqui desembarcam para suprir a deficiência de atendimento básico nos grotões que a incompetente política nacional de saúde não tem conseguido alcançar. Para conferir maior brilho a esse tópico de sua agenda em Havana, Dilma levou a tiracolo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que brevemente será o candidato do PT ao governo de São Paulo”.

Tenho certeza de que a oposição não usaria dessa criatividade para achar formas de financiar um regime autoritário, mesmo que os pretensos esquerdistas latino-americanos vejam a ilha dos irmãos Castro como o último bastião de um sistema que quebrou juntamente com a antiga União Soviética e foi adotado de forma atravessada pelo chamado bolivarismo do falecido Hugo Chávez.

Na tentativa de ajudar o Governo autoritário dos irmãos Castro, o Governo do PT recorreu inclusive ao Programa Mais Médicos, mesmo que isso implique em submeter os profissionais cubanos a um regime trabalhista de escravidão que vem sendo questionado pelo Ministério Público do Trabalho, por não obedecer as leis brasileiras.

Vou repetir as palavras do Professor Ives Gandra da Silva Martins, em artigo intitulado “O neoescravagismo cubano”, publicado esta semana na Folha de São Paulo. Abre aspas:

“O Governo Federal, que diz defender os trabalhadores – o partido no poder tem esse título –, não poderia aceitar a escravidão dos médicos cubanos contratados, que recebem no Brasil 10% do que recebem os demais médicos estrangeiros!!! Não se compreende como as autoridades brasileiras tenham concordado com tal iníquo regime de escravidão e de proibições, em que o Direito cubano vale – em matéria que nos é tão cara (dignidade humana) –, mais do que as leis brasileiras!”.

E o que dizer do comportamento político do Governo, Senhoras e Senhores Senadores, sobre a forma como administra sua demasiadamente ampla base parlamentar? Bem, o raciocínio é um só: ao PT, tudo, ao aliados a fama de gananciosos e fisiológicos. Essa é a análise que faço da “reforma”, entre aspas, que a Presidente Dilma fez no seu Ministério.

Todos sabem qual é a minha posição com relação à aliança do meu partido, o PMDB, com o PT. Sou um dissidente, um dos poucos, mas devo dizer que é uma humilhação o processo ao qual a Presidente da República submete atualmente o partido, rejeita indicações de nomes, adia definições, com o único e exclusivo objetivo de desgastar ainda mais a imagem do PMDB, apontado como principal aliado do Governo. Imaginem se fosse um adversário!

Senhoras Senadoras e Senhores Senadores.

O Governo Dilma prefere continuar vivendo sob uma redoma de vidro opaco e blindado, ofuscado pelo próprio marketing, por meio do qual é vendida a fantasia de que o Programa Mais Médicos resolveu os problemas da Saúde, que as obras do PAC estão com uma execução satisfatória e que a maioria dos brasileiros está satisfeita com a atual situação do nosso País.

Mais e mais brasileiras e brasileiros estão se convencendo de que essa “Ilha da Fantasia” não pode ser sustentada por mais tempo. Não adianta o PT tentar revender a reeleição da Presidente como uma novidade, pois percebeu – tardiamente, vale ressaltar – que o desejo de mudança não é apenas uma pregação das forças de oposição, mas uma realidade que tem sido confirmada pelas pesquisas e pelas ruas do Brasil.

O nosso País não está bem na Economia, na Segurança Pública, na Saúde, na Educação. Apagões de energia pipocam pelo Brasil afora, por incompetência, má gestão e falta de investimentos na infraestrutura básica.

O Governo Federal se omite de questões essenciais para o dia a dia das pessoas, transferindo responsabilidade para Estados e Municípios que, cada vez mais, carecem de recursos para dar conta dos problemas que batem às portas de Governadores e Prefeitos.

Senhoras e Senhores Senadores, os sintomas desse desarranjo estão claros. Ao colocar uma venda sobre os olhos, o Governo do PT nos coloca diante do imponderável, de uma crise ainda maior, que pode comprometer as conquistas que obtivemos nos últimos 20 anos.

“Muito obrigado, Senhor Presidente.”

Só quero acrescentar que precisamos urgentemente usar como remédio contra o PT a alternância de Poder, precisamos urgentemente mudar tudo o que está acontecendo no Brasil, não podemos aceitar que este país fique do jeito que esta, não podemos aceitar que este País seja transformado numa nova CUBA E VENEZUELA, onde se estabeleceram grandes ditaduras, por isso você eleitor tem que ver a verdadeira face do PT.


Por Alex Ribeiro


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